Câmara de Itaguaí abre processo de cassação contra prefeito duas semanas após posse

  • 05/07/2025
(Foto: Reprodução)
Doutor Rubão (Podemos) é alvo de uma CPI na Câmara de Itaguaí que apura suposto desvio de R$ 60 milhões em contratos de limpeza urbana. Crise também envolve o presidente do legislativo, que foi prefeito interino por meses, após a Justiça Eleitoral suspender a candidatura de Rubão. Câmara de Itaguaí abre processo de cassação contra prefeito duas semanas após posse Menos de três semanas após reassumir a Prefeitura de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, o prefeito Rubem Vieira, conhecido como Doutor Rubão (Podemos), já enfrenta um processo que pode levar à cassação do seu mandato. Isso porque a Câmara de Vereadores instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de irregularidades em contratos da prefeitura. A decisão foi anunciada na sessão legislativa de quinta-feira (3), após a apresentação de uma denúncia feita por uma ex-funcionária do município, Sueli Pereira da Costa. Rubão é investigado por um suposto desvio de R$ 60 milhões em contratos de limpeza urbana. Segundo o documento protocolado na Câmara, a Prefeitura de Itaguaí teria realizado pagamentos milionários a uma empresa contratada sem que os serviços fossem efetivamente prestados. Rubão está no cargo desde 2020 Divulgação A denúncia menciona especificamente a limpeza e o desassoreamento de córregos, valas e canais. “É uma calamidade. Estamos falando de um rombo de R$ 60 milhões. O requerimento é de minha autoria e teve apoio unânime dos vereadores presentes”, afirmou o presidente da Câmara, o vereador Haroldinho. Prefeito nega e fala em “golpe" Em resposta ao processo de investigação, o prefeito Rubão negou qualquer irregularidade e afirmou que o contrato citado já estava em vigor antes de sua gestão atual. "Esse contrato já foi aditivado várias vezes, está no décimo aditivo. Foi feito por pregão eletrônico, com menor preço, aprovado pelo Tribunal de Contas. Não há investigação ou superfaturamento. Isso é uma questão política”, disse Rubão. O prefeito também classificou a instauração da CPI como uma tentativa de golpe. "É uma forma de tomar o poder a qualquer custo. O presidente da Câmara não quis disputar a eleição porque sabia que perderia. Agora tenta voltar ao cargo por meio de manobras políticas", declarou. Doutor Rubão toma posse como prefeito de Itaguaí dois dias após decisão judicial 📸Clique aqui e siga o perfil do RJ1 no Instagram ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular! Histórico de instabilidade Haroldinho foi prefeito interino de Itaguaí durante quase todo o primeiro semestre de 2025, após a Justiça Eleitoral suspender a candidatura de Rubão por entender que ele estaria assumindo um terceiro mandato consecutivo — o que é proibido pela Constituição. No entanto, uma decisão provisória do ministro Dias Toffoli, do STF, determinou o retorno de Rubão ao cargo em junho. A posse foi marcada por dificuldades. A Câmara alegou falta de energia e liberou os funcionários, forçando o prefeito a ser diplomado no cartório eleitoral da cidade. Caso o processo de cassação avance e o mandato de Rubão seja revogado, quem assume a prefeitura é o vice-prefeito Fernando Júnior (Republicanos), conhecido como Júnior do Sítio. Ele seria o terceiro prefeito da cidade em 2025. Haroldinho nega que haja golpe e afirma que a denúncia é contra o prefeito, não contra a chapa. "Se houver cassação, quem assume é o vice. Não há benefício direto a nenhum vereador. A Câmara está apenas cumprindo seu papel de fiscalização", disse Haroldinho.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/07/05/camara-de-itaguai-abre-processo-de-cassacao-contra-prefeito-duas-semanas-apos-posse.ghtml


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